Leiam a vontade, deleitem-se com a poesia.
Se tiverem críticas, comentem, faço de tudo para melhorar.
Se gostarem, comentem, uma força sempre cai bem.

"A poesia é a mínima distância entre o sentimento e o papel" - Levi Trevisan.

Home

04/10/2011

Meros peões

Uma bela reflexão se me permitem dizer.

Esses dias achei um peão de xadrez, e resolvi fazer um colar com ele.
Perguntaram-me: Mas logo um peão? Porque não um rei, uma rainha ou um cavalo?
Simplesmente respondi: Porque gosto de peões, eles são muito subestimados, todos se esquecem que sem peões não se vence uma guerra.

E ao falar isso, recordei-me da vez que causei um xeque-mate usando essa peça tão subestimada.

O que é um peão, te perguntas.
Essa frase tão tola que indagas.
Aquele que nas mais vãs batalhas
Eleva teu nome avante.

Quem és tu, me pergunto,
Um rei, um ator, um palhaço?
Um mero espectador de desgraças,
Te ris destas vidas perdidas?

Conclamas as vitórias
Com os golpes que teus peões desferiram,
Te escondes atrás destes muitos
Que insistes em jogar contra a lama.

Te achas o auge de um reino,
Um senhor, tão voraz, suserano
E quando teus peões se rebelam
Te cais no maior desespero...

O que é uma guerra sem seus peões,
Peças primordiais da batalha,
Essenciais para qualquer tática,
Necessários para qualquer vida...
As mais importantes figuras
Que enquanto te acomodas a planejar
Eles se matam a executar,
Ordens de destruir, de matar,
Ordem de paz e de guerra...
Ordens que és tu quem dás...
Mas de que valeriam tuas ordens
Sem essas peças ligeiras,
Dispostas, faceiras...
Tão necessárias para a base de qualquer sistema?

Nada és sem teu peão,
Nada és sem teu servo,
Aquele que te serve o pão
Aquele que te concede a vitória
Aquele que permite tua vida
Ser repleta de honra e de glória...

E ainda insistes que são meros peões?

Cross Walker

Nenhum comentário: