Leiam a vontade, deleitem-se com a poesia.
Se tiverem críticas, comentem, faço de tudo para melhorar.
Se gostarem, comentem, uma força sempre cai bem.

"A poesia é a mínima distância entre o sentimento e o papel" - Levi Trevisan.

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01/02/2010

Inércia

“Tic Tac”
Os ponteiros correm o relógio
A cada segundo,
Amadureço uma hora

Cada instante é eterno,
Mas,
“Tic Tac”
Quantos segundos passaram?
Eu perco a noção do tempo

Duzentos anos talvez...
Assim é que me sinto.
Enfim saio do quarto,
O clima pesado

A mulher de meia idade
Emana ódio das entranhas
Com a escuridão entre corpo e alma
Enquanto me encara soberba,
Cheia de razão

Nada falo, pois sei,
Razão neste caso
É o que menos tenho,
E discutir na ignorância
É rebaixar-se a ignorante

Os dias passam,
Nada muda...
Eu sou o velho jovem
Que se perdeu no tempo
E na fantasia fugidia

E agora me canso da inércia
Pois só de sonhar nada melhora,
Só de saber ninguém cresce
E só de esperar se apodrece

Duzentos anos de sabedoria
Junto a uma vida de amor
E com certeza quebrarei a muralha estática
Cheia de ódio

E assim o mundo começa a mudar

Cross Walker

Um comentário:

Shauara David disse...

Muito bom!!! Não lembro o que senti ao escrever tinto, mas sempre que escrevo vivo, transcendo e respiro! Beijos