“Tic Tac”
Os ponteiros correm o relógio
A cada segundo,
Amadureço uma hora
Cada instante é eterno,
Mas,
“Tic Tac”
Quantos segundos passaram?
Eu perco a noção do tempo
Duzentos anos talvez...
Assim é que me sinto.
Enfim saio do quarto,
O clima pesado
A mulher de meia idade
Emana ódio das entranhas
Com a escuridão entre corpo e alma
Enquanto me encara soberba,
Cheia de razão
Nada falo, pois sei,
Razão neste caso
É o que menos tenho,
E discutir na ignorância
É rebaixar-se a ignorante
Os dias passam,
Nada muda...
Eu sou o velho jovem
Que se perdeu no tempo
E na fantasia fugidia
E agora me canso da inércia
Pois só de sonhar nada melhora,
Só de saber ninguém cresce
E só de esperar se apodrece
Duzentos anos de sabedoria
Junto a uma vida de amor
E com certeza quebrarei a muralha estática
Cheia de ódio
E assim o mundo começa a mudar
Cross Walker
Há 11 anos
Um comentário:
Muito bom!!! Não lembro o que senti ao escrever tinto, mas sempre que escrevo vivo, transcendo e respiro! Beijos
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