Agora vejo teus olhos de diamante negro
Profundos como um poço obscuro,
Porém, cristalinos, tanto que ao refletir a luz solar
Mostram as cores de minha própria alma
Olhos os teus que como vara de pesca
Fisgam meu coração fugídio e inconstante
Que sempre desejou tudo
Francamente querendo nada
Buscando sempre a pessoa perfeita
Prendendo-se na fantasia do acaso
Esperando a confissão do ato
Sempre e sempre sonhando acordado
Mas agora me pego no átrio
Do amor amaldiçoado
Oh bendito ser,
Oh maldito coração,
Que se pega fazendo o proibido
Com minhas próprias mãos
Desejando o desejar alheio
Corrompes teu dono e a ti mesmo
Essa linha que me prende é fina,
Mas indestrutível
E é melhor morrer pelo proibido desejo
Que viver atormentado por ele,
Por isso em teus olhos avanço
Unindo meu ser ao teu
E agora, com meus lábios tocando os teus
Selarei a maldição que me destruirá corpo e alma
Mas eu sei, sim eu sei
Que viverei sempre em ti, e isso me acalma
Mas o que é melhor?
Perder tudo que eu tenho sendo eu mesmo
Ou permanecer nessa fuga cerrada
Sabendo que nunca fui nada
Cross Walker
Há 11 anos
2 comentários:
Muito boa sua poesia!! Parabéns!! Continue escrevendo!!
adorei
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