Leiam a vontade, deleitem-se com a poesia.
Se tiverem críticas, comentem, faço de tudo para melhorar.
Se gostarem, comentem, uma força sempre cai bem.

"A poesia é a mínima distância entre o sentimento e o papel" - Levi Trevisan.

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10/03/2010

Diamante Negro

Agora vejo teus olhos de diamante negro
Profundos como um poço obscuro,
Porém, cristalinos, tanto que ao refletir a luz solar
Mostram as cores de minha própria alma

Olhos os teus que como vara de pesca
Fisgam meu coração fugídio e inconstante
Que sempre desejou tudo
Francamente querendo nada

Buscando sempre a pessoa perfeita
Prendendo-se na fantasia do acaso
Esperando a confissão do ato
Sempre e sempre sonhando acordado

Mas agora me pego no átrio
Do amor amaldiçoado
Oh bendito ser,
Oh maldito coração,
Que se pega fazendo o proibido
Com minhas próprias mãos
Desejando o desejar alheio
Corrompes teu dono e a ti mesmo

Essa linha que me prende é fina,
Mas indestrutível
E é melhor morrer pelo proibido desejo
Que viver atormentado por ele,
Por isso em teus olhos avanço
Unindo meu ser ao teu

E agora, com meus lábios tocando os teus
Selarei a maldição que me destruirá corpo e alma
Mas eu sei, sim eu sei
Que viverei sempre em ti, e isso me acalma

Mas o que é melhor?
Perder tudo que eu tenho sendo eu mesmo
Ou permanecer nessa fuga cerrada
Sabendo que nunca fui nada

Cross Walker

2 comentários:

BUTEQUEIRO disse...

Muito boa sua poesia!! Parabéns!! Continue escrevendo!!

Catherine disse...

adorei